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31 março 2021

LISBOA IGREJAS - Igreja de Santa Engrácia, Campo de Santa Clara (Alfama)

 

Mais conhecida como Panteão Nacional, é um sítio obrigatório para se visitar em Lisboa, estando na rota dos miradouros, porque tem uma vista incrível.

A sua construção começou em 1682, e só foi concluída em 1966. Serve o nobre propósito (e um pouco mórbido) de ser jazigo de grandes personalidades portuguesas.

29 março 2021

LISBOA CAFéS - Pastelaria Versailles - 1922


Inaugurada em 1922, a Versailles serviu de polo cultural e social das Avenidas Novas – foi o primeiro grande café do bairro.

Felizmente, mantém-se fiel a si mesma e por aqui ainda são raros os turistas. Toda a pastelaria é divinal mas nós continuamos a adorar os croquetes.

27 março 2021

PHOTOS - Julia


JULIA/BEBé

26-03-2021
JoanMira

MUSICA - Rui Veloso/Luz Casal - Inesperadamente

"Inesperadamente" 

LISBOA IGREJAS - Igreja de Santa Catarina, Calçada do Combro

 

A igreja de Santa Catarina muito sofreu com incêndios e catástrofes naturais. É uma igreja paroquial, de arquitetura barroca.

Muitos dos seus pormenores são em talha dourada, e tem um belíssimo teto em estilo rococó. O seu órgão foi recentemente recuperado (em 2018), e esperamos poder ouvi-lo nos próximos tempos! Se passar no Chiado, não deixe de espreitar!

TEXTOS - E tantos tormentos



Ouço tantos lamentos sobrepondo-se à angustia... Mas sigo o meu caminho sem saber o que me espera. O acaso, segundo o Criador, não existe ; Nada aparece por acaso ; logo que nascemos sabemos os limites da nossa vida material. A que se deve então  a nossa existência ? Sem duvida terà havido um Criador, Arquitecto genial, que permitiu a existência do Universo e corolariamente a nossa vida.

Esse Criador nada tem a ver com o deus que verga as costas a todos que não lhe obedencem.

Como entender que uma entidade tão poderosa, omniciente, se sinta obrigada de castigar o Povo ?

Se fosse justa, nunca deixaria torturas serem aplicadas. Bebes, jovens, adolescentes, mulheres, idosos : 

"Obrigado Senhor deus" !

Se você continuar a acreditar no mito de "deus" me desculpa mas não tamos seguindo o mesmo trilho.


26-03-2021

JoanMira

26 março 2021

LISBOA CAFéS - A Brasileira (1905)

 

Depois da abertura da primeira Brasileira no Porto, em 1903, a capital depressa recebeu um espaço similar, inaugurado em 1905.

Embora tenha havido outra no Rossio, é a do Chiado que hoje persiste, onde Pessoa nos recebe na esplanada desde 1988. É, sem dúvida, um dos locais mais emblemáticos do Chiado e foi palco de tertúlias intelectuais e artísticas que marcaram o início do século XX em Lisboa.

24 março 2021

ARTE DIGITAL - O mar é ru.m

"O mar é ru.m"
24-03-2021
JoanMira 

LISBOA CAFéS - Pastelaria Benard (1868)

Em 1868, Élie Benard abriu uma pastelaria na Rua do Loureto e este foi o ponto de partida da emblemática Pastelaria Benard, que se fixou depois na Rua Garrett, no Chiado, em 1902.

De realçar que o termo “pastelaria” só começou a ser usado em 1926, quando a Câmara começou a taxar as placas dos estabelecimentos em línguas estrangeiras. Nos anos 40, a Pastelaria conhece nova gerência e o espaço recebe eventos memoráveis, destacando-se um jantar para a Rainha Isabel II durante a sua visita a Portugal, em 1957. A estrela da casa continuam a ser os croissants.

23 março 2021

LISBOA IGREJAS - Igreja do Menino de Deus

Enorme, linda e grandiosa, esta igreja foi mandada construir em 1711 (resistiu ao grande terremoto!), e tem belas pinturas de paredes e teto para nos deleitarmos.

Localizada muito perto do Castelo de São Jorge, muitas vezes é ofuscada por este, mas nem por isso não merece uma visita.

21 março 2021

LISBOA CAFéS - Confeitaria Nacional - 1829

A funcionar desde 1829 a Confeitaria Nacional continua a ser propriedade da família que a fundou.

Se no início foi criada à semelhança das patisseries parisienses, depressa passou a fabricar iguarias bem tradicionais – o bolo-rei é, sem dúvida, um dos ex-líbris da casa e consta que foi neste estabelecimento que tal bolo começou a ser vendido em Portugal, em 1870.

20 março 2021

LISBOA CAFéS - Martinho da Arcada - 1782

É já há 238 (!) anos que o Martinho da Arcada dá vida e aroma a café à Praça do Comércio. Fundado a 7 de janeiro de 1782, foi uma inovação para a época, numa cidade dominada por tabernas, e teve muitos nomes até se ter fixado na nomenclatura “Martinho da Arcada”, em 1845.

É café e restaurante e, ao longo de mais de dois séculos, foi porto de abrigo de governantes, políticos, militares, artistas e escritores. Porém, o mais ilustre cliente assíduo foi Fernando Pessoa, que aqui escreveu alguns poemas.

@flickr.com/photos/stijnnieuwendijk

16 março 2021

MUSICA - Amalia Rodrigues - Lisboa antiga

"Lisboa antiga"

LISBOA HISTORICA - Cais das Colunas: a história por detrás do nome

 

O Cais das Colunas, localizado em frente ao Tejo e junto à Praça do Comércio, é um dos nossos locais preferidos não só para ver os espetaculares pores do sol de Lisboa como também para meditar, ouvir música de artistas de rua e, claro, namorar.

Também sabemos que é um dos seus sítios preferidos para, por exemplo, tirar fotografias espetaculares a qualquer hora do dia. Afinal, qualquer foto que tenha o rio Tejo como fundo é sucesso garantido, não acha?

No Cais das Colunas também é muito habitual concentrarem-se alguns artistas de rua, que normalmente animam com música todos os que por ali passam.

A cereja em cima do bolo é quando os céus de Lisboa ficam com aquelas cores e, ao fundo se consegue avistar todos os pormenores da ponte 25 de abril. É o momento perfeito!


Mas de onde vem o nome Cais das Colunas?

O nome Cais das Colunas surge, como é óbvio, das duas colunas instaladas nos degraus de mármore deste velho cais de Lisboa, que outrora foi a entrada mais nobre da cidade e onde desembarcavam as maiores figuras que visitavam a capital, como chefes de Estado ou até altas patentes monárquicas, como a Rainha Isabel II de Inglaterra.


BY VALTER LEANDRO • MARÇO 12, 2021

LISBOA ANTIGA - Belém

Na década de 30, a zona de Belém era ainda pouco desenvolvida e o destaque central pertencia, sem dúvida, à Torre de Belém. A sua vizinha da altura era a Fábrica de Gás de Belém, propriedade da empresa “Gaz de Lisboa” e que aqui funcionava desde 1889. Foi desativada em 1949 e acabou de ser demolida em 1950.

Foto: Kurt Pinto [1938] | Arquivo Municipal de Lisboa

14 março 2021

LISBOA ANTIGA - Algés

Bairro de Algés na década de 50; à esquerda, a Praça de Touros de Algés, que funcionou entre 1895 e 1974 

Foto: Mário de Oliveira [195-] | Arquivo Municipal de Lisboa

13 março 2021

DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES - 2 - Antecedentes

Com a Reconquista concluída, Dinis I de Portugal interessou-se pelo comércio externo, organizando a exportação para países europeus. Em 1293 instituiu a chamada Bolsa dos Mercadores, um fundo de seguro marítimo para os comerciantes portugueses que viviam no Condado da Flandres, que pagavam determinadas quantias em função da tonelagem, que revertiam em seu benefício se necessário. Vinho e frutos secos do Algarve eram vendidos na Flandres e na Inglaterra, sal das regiões de Lisboa, Setúbal e Aveiro eram exportações rentáveis para o Norte da Europa, além de couro e Kermes, um corante escarlate. Os portugueses importavam armaduras e armas, roupas finas e diversos produtos fabricados da Flandres e da Itália[2].

Carta Régia do Rei D. Dinis, datada de 1 de Fevereiro de 1317, nomeando o genovês Manuel Pessanha como primeiro Almirante do Reino

Em 1317 D. Dinis fez um acordo com o navegador e mercador genovês Manuel Pessanha (Emanuele Pessagno), nomeando-o primeiro almirante da frota real com privilégios comerciais com seu país, em troca de vinte navios e suas tripulações, com o objetivo de defender as costas do país contra ataques de pirataria (muçulmana), lançando as bases da Marinha Portuguesa e para o estabelecimento de uma comunidade mercante genovesa em Portugal[3]. Obrigados a reduzir suas atividades no Mar Negro, os mercadores da República de Génova tinham-se voltado para o comércio norte Africano de trigoazeite (também fonte de energia) e ouro - navegando até aos portos de Bruges (Flandres) e Inglaterra. Genoveses e florentinos estabeleceram-se então em Portugal, que lucrou com a iniciativa e experiência financeira destes rivais da República de Veneza.

Na segunda metade do século XIV, surtos de peste bubónica levaram a um grave despovoamento: a economia era extremamente localizada em poucas cidades e a migração do campo levou ao abandono da agricultura e ao aumento do desemprego nas povoações. Só o mar oferecia alternativas, com a maioria da população fixada nas zonas costeiras de pesca e comércio.[4]

Entre 1325 e 1357 D. Afonso IV de Portugal concedeu o financiamento público para levantar uma frota comercial e ordenou as primeiras explorações marítimas, com apoio de genoveses, sob o comando de Manuel Pessanha. Em 1341 as ilhas Canárias, já conhecidas dos genoveses, foram oficialmente descobertas sob o patrocínio do rei Português[5]. A sua exploração foi concedida em 1338 a mercadores estrangeiros, mas em 1344 Castela disputou-as, concedendo-as ao castelhano D. Luís de la Cerda. No ano seguinte, Afonso IV enviou uma carta ao Papa Clemente VI referindo-se às viagens dos portugueses às Canárias e protestando contra essa concessão. Nas reivindicações de posse, sucessivamente renovadas pelos dois povos, prevaleceu, no final, a vontade do rei de Castela sobre estas ilhas.

Em 1353 foi assinado um tratado comercial com a Inglaterra para que os pescadores portugueses pudessem pescar nas costas inglesas, abrindo assim caminho para o futuro Tratado de Windsor em 1386. Em 1380 foi criada a Companhia das Naus, uma bolsa de seguros marítimos e, em 1387 há notícia do estabelecimento de mercadores do Algarve em Bruges. Em 1395, D. João I emitiu uma lei para regular o comércio dos mercadores estrangeiros.

Há unanimidade dos historiadores em considerar a conquista de Ceuta como o início da expansão portuguesa, tipicamente referida como os Descobrimentos. Foi uma praça conquistada com relativa facilidade, por uma expedição organizada por D. João I, em 1415. A aventura ultramarina ganharia grande impulso através da acção do Infante D. Henrique, reconhecido internacionalmente como o seu grande impulsionador, e continuada pelo seu sobrinho e protegido Infante D. Fernando, duque de Beja e Viseu.

LISBOA ANTIGA - Matadouro | Olivais

Foto: Abreu Nunes [195-] | Arquivo Municipal de Lisboa

O antigo Matadouro Frigorífico de Lisboa situava-se na zona dos Olivais e foi inaugurado em 1954. Era um edifício imponente e o maior da zona Oriental, e, na época, servia de armazém de carne refrigerada/congelada para os 600.000 habitantes da cidade de Lisboa. Esteve em funcionamento até às obras de requalificação desta zona ribeirinha, no âmbito da Expo 98.

DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES - Preâmbulo - 1 -

 

Planisfério de Cantino (1502), a mais antiga carta náutica portuguesa conhecida, mostrando o resultado das viagens de Vasco da Gama à ÍndiaColombo à América CentralGaspar Corte Real à Terra Nova e Pedro Álvares Cabral ao Brasil, com meridiano de Tordesilhas assinalado. Biblioteca estense universitária de Módena

Os descobrimentos portugueses foram o conjunto de conquistas realizadas pelos portugueses em viagens e explorações marítimas entre 1415 e 1543 que começaram com a conquista de Ceuta em África. Os descobrimentos resultaram na expansão portuguesa e deram um contributo essencial para delinear o mapa do mundo, impulsionados pela Reconquista e pela procura de alternativas às rotas do comércio no Mediterrâneo. Com estas descobertas os portugueses iniciaram a Era dos Descobrimentos europeus que durou do século XV até ao XVII e foram responsáveis por importantes avanços da tecnologia e ciência náuticacartografia e astronomia, desenvolvendo os primeiros navios capazes de navegar em segurança em mar aberto no Atlântico. Deve-se, todavia, referir que a construção naval chinesa produzia no século XV navios com 120 m de comprimento, tais como os da frota do almirante Zheng He e das suas 7 expedições no Oceano Índico no intervalo de 1402 a 1435.

Embora com antecedentes no reinado de D. Dinis (1279) e nas expedições às Ilhas Canárias do tempo de D. Afonso IV, é a partir da conquista de Ceuta em 1415, que Portugal inicia o projecto nacional de navegações oceânicas sistemáticas[1] que ficou conhecido como "descobrimentos portugueses".

Terminada a Reconquista, o espírito de conquista e Cristianização dos povos muçulmanos subsistia. Os portugueses dirigiram-se então para o Norte de África, de onde tinham vindo os mouros que se haviam estabelecido na Península Ibérica. Avançando progressivamente pelo Atlântico ao longo das costas do continente africano, passaram o Cabo da Boa Esperança e entraram no Oceano Índico movidos pela procura de rotas alternativas ao comércio Mediterrânico. Chegaram à Índia em 1498, simultaneamente exploraram o Atlântico Sul e aportaram nas costas do Brasil em 1500, navegando no extremo da Ásia chegaram à China em 1513 e ao Japão em 1543.

As expedições prolongaram-se por vários reinados, desde o tempo das explorações na costa africana e americana impulsionadas pelo regente D. Pedro, duque de Coimbra e o Infante D. Henrique, filhos de D. João I, e mais o seu sobrinho o Infante D. Fernando, duque de Viseu, até ao projeto da descoberta de um caminho marítimo para a Índia no reinado de D. João II, culminando com o de D. Manuel I à altura em que o império ultramarino português fica consolidado.

12 março 2021

TEXTOS - Pensamento ao fim do dia



Adormeci ja com um raio de sol da madrugada e não senti esse momento tão lindo que nos oferece o dia nascendo, ignorando as tristezas que a madrugada por vezes apela ao sentimento. Atonito, infeliz, sofrendo a tristeza que outros no mundo carregam mais que eu...

E depois, muito mais tarde, não sei se era ou não dia ; - pela janela do meu quarto via grande clarididade - ... Não, não era a imagem luminosa da « nossa senhora » ; eu continuo a não ser pastor, e nem sequer me aproximo daquele lugar de vigaristas a que chamam « Fatima » !

Que era, então ? Era quase meia-noite e o meu espirito, fluctuando entre noite e dia, atraiço-ou-me, revoltou-se e o « Alter Ego » com voz estrondosa disparou : Rapaiz não és decerto a pessoa mais infeliz neste mundo desajustado ; Ha tanta gente infeliz ; ha tão poucos seres que vivem bem sem se preocuparem da infelicidade da maior parte do bem estar dos seus irmãos...

A « igreja » diz que somos todos filhos daquela coisa a que chamam « deus ». Então apetece-me perguntar como possivel que uma criatura apelidada de omnisciente, omnipotente aceite sem rosnar todas as injustiças que sabemos.

Quanto a mim, prefiro pensar que alguma entidade foi o Arquitecto do nosso Universo. « deus », tal é descrito nos « Livros » é um ser à imagem dos seres. Por isso os critica, julga, castiga, recompensa... Mas que é isso ? Se « deus » assim fosse tão poderoso que necessidade teria de julgar e castigar... Sim, porque recompensar não se vê mesmo nada. E sabe porque é que « deus » não recompensa ? Simplesmente porque não existe.

12-03-2021

JoanMira

LISBOA ANTIGA - Avenida de Ceuta

Foto: Judah Benoliel [1953] | Arquivo Municipal de Lisboa

Obras de abertura da Avenida de Ceuta com o Aqueduto das Águas Livres como pano de fundo

11 março 2021

CIËNCIA NAUTICA PORTUGUESA - Cartografia e técnicas de navegação

A mais antiga Rosa dos ventos com Flor-de-lis da carta de marear de Pedro Reinel de 1504Técnicas de navegação

Além da exploração do litoral foram feitas também viagens para o mar largo em busca de informações meteorológicas e oceanográficas (foi nestes trajectos que se descobriram os arquipélagos da Madeira e dos Açores, o Mar dos Sargaços). O conhecimento do regime de ventos e correntes do Atlântico e a determinação da latitude por observações astronómicas a bordo, permitiu a descoberta da melhor rota oceânica de regresso de África: cruzando o Atlântico Central até à latitude dos Açores, aproveitando os ventos e correntes permanentes favoráveis, que giram no sentido dos ponteiros do relógio no hemisfério norte devido à circulação atmosférica e ao efeito de Coriolis, facilitando o rumo directo para Lisboa e possibilitando assim que os portugueses se aventurassem cada vez para mais longe da costa, manobra que ficou conhecida como "volta da Mina", ou "Volta do mar".

Cartografia

Com o seu filho, Jorge Reinel e o cartógrafo Lopo Homem, participou na elaboração do atlas conhecido por Atlas de Lopo Homem-Reinés ou Atl Miller'', de 1519. Foram considerados dos melhores cartógrafos do seu tempo, a ponto do imperador Carlos V os desejar a trabalhar para si. Em 1517, o rei D. Manuel I de Portugal passou a Lopo Homem, cartógrafo e cosmógrafo português, um alvará que lhe dava o privilégio de fazer e emendar todas as agulhas (bússolas) dos navios.

Na terceira fase da antiga cartografia náutica portuguesa, caracterizada pelo abandono da influência de Ptolemeu na representação do Oriente e por uma melhor precisão na representação das terras e continentes, destaca-se Fernão Vaz Dourado (Goa ~1520 — ~ 1580), cuja obra apresenta extraordinária qualidade e beleza, conferindo-lhe a reputação de um dos melhores cartógrafos de seu tempo. Muitas de suas cartas são de grande escala.

LISBOA ANTIGA - Bairro Azul

Uma imagem que destaca o Bairro Azul, edificado na década de 30. Pode ver-se também, do lado direito, a Embaixada de Espanha, localizada na Praça de Espanha. À esquerda, pode ver-se o Parque de Santa Gertrudes, que albergava o velódromo e no hipódromo de Palhavã e que daria origem aos Jardins da Gulbenkian.

Foto: Mário de Oliveira [195-] | Arquivo Municipal de Lisboa

TEXTOS - Misteriosa existência


Gosto muito dedicar uma parte do tempo, de que ja so me resta uma infima parte, - a não ser, como me segredou o Criador, que sou de facto imortal. Neste parâmetro sou a questionar-me permanentemente se serei feliz neste privilégio concedido pelo Arquiteto do Universo...

Por vezes duvido ; numa vida de 70 anos ja custa muito ter sofrido a perda de todos os seres que amavamos. Sem eles a vida foi impercetivelmente transformando-se sem que so nos tenhamos apercebido... (Apetecia-me agora falar do adeus eterno das pessoas amadas mas fa-lo-ei noutra publicação) A vida conhecida do nosso minusculo e atrofiado cerebro não nos permite ainda compreender que a imortalidade vai muito além do que julgamos...

Esse mesmo cérebro que ainda não « compreende » ainda a falta de percepção ; coitado, não tem culpa... Ouvi agora mesmo o seu protesto indignado : E tu estas a escrever com que cérebro ? Mais evoluido ou sem menos atrofia ? Nada disso, estou apenas a alinhar palavras sugeridas pela consciência imperfeita.

Amigo, agora diga là se vale a pena viver neste mundo com algumas alegrias cheias de tristeza...Ser eterno... a vida material concebida, inculcada por seres egoistas, mentirosos, hipocritas é favor ou desigualdade ?

E se ambas coexistissem...

10-03-2021
JoanMira

09 março 2021

TEXTO - Aniversario e tormento

 

Hoje vou contar-vos a historia que ha muito tempo quase tinha esquecido... Era uma vez uma menina que conheci com 16 anos ; na altura, tinha eu 22 anos e uma namorada que não gostava de mim ; levava eu uma vida de bohémia entre bares, discotecas, noites frias, quentes mas sempre humidas e sempre à tabela, sob estrelas, para que os malteses (desta feita franceses), imensamente racistas porque cretinos, me não fizessem a folha quando soubessem que não era francês.

Jogava rugby em equipas francesas, falava francês sem sotaque e os parvonias não se apercebiam de nada ; o problema começou quando fui contratado pelo Desportivo Português para praticar... futebol ! Não mais me perdoaram e eu, nas tintas que estava, mandei-os definitivamente para aquele sitio do alto do mastro das nossas caravelas : o « caralho » ! Não é palavrão não ; aquele sitio, no alto do mastro principal, servia aos vigias para observarem o horizonte.

Entretanto, tinha conseguido um job em janeiro de 1971 – no consulado honorario de Portugal em Dax – cujo cônsul era igualmente agente geral da firma portuguesa « Tabopan » de Amarante o que me permitiu trabalhar em Paris em 1971 e 1973.

Excusado serà dizer que o provinciano abstrato, filho de operarios que viviam sem grandes recursos, se sentiu naquela cidade à grande e à francesa...

Aproveitei Paris e à noite, no hotel, comecei o namoro épistolar com aquela menina linda que me seduziu instantaneamente. Casamos pouco tempo depois ; vivemos, no inicio, sem grandes meios materiais mas eramos muito felizes e tivemos quatro filhos adorados.

Como com todos os casais houve momentos menos felizes mas conseguimos estar 45 anos juntos até que a doença a levou. 

Sei quanto me amavas, sei que por vezes – muito raramente - não te mereci.

Julia, hoje dia do meu aniversario, - como sabes fis 70 anos - e felizmente muitos amigos mostraram por ti e por mim o nosso reencontro nos confins do Universo para poder repetir que te amo e que sinto a tua ausência cada vez mais.

Até breve Bébé.

09-03-2021
JoanMira

LISBOA ANTIGA - Hospital de Santa Maria

 

Foto: Armando Maia Serôdio [1966] | Arquivo Municipal de Lisboa

Construído em 1953, o Hospital de Santa Maria foi considerado uma das maiores edificações do Estado Português até então. De destacar a envolvente do hospital, praticamente deserta. A inauguração oficial foi a 27 de Abril de 1953.

CIÊNCIA NAUTICA PORTUGUESA - Técnicas de navegação



Além da exploração do litoral foram feitas também viagens para o mar largo em busca de informações meteorológicas e oceanográficas (foi nestes trajectos que se descobriram os arquipélagos da Madeira e dos Açores, o Mar dos Sargaços). O conhecimento do regime de ventos e correntes do Atlântico e a determinação da latitude por observações astronómicas a bordo, permitiu a descoberta da melhor rota oceânica de regresso de África: cruzando o Atlântico Central até à latitude dos Açores, aproveitando os ventos e correntes permanentes favoráveis, que giram no sentido dos ponteiros do relógio no hemisfério norte devido à circulação atmosférica e ao efeito de Coriolis, facilitando o rumo directo para Lisboa e possibilitando assim que os portugueses se aventurassem cada vez para mais longe da costa, manobra que ficou conhecida como "volta da Mina", ou "Volta do mar".

07 março 2021

CIÊNCIA NAUTICA PORTUGUESA - Navegação astronómica

O século XIII era já conhecida a navegação astronómica através da posição solar. Para a navegação astronómica os portugueses, como outros europeus, recorriam a instrumentos de navegação árabes, como o astrolábio e o quadrante, que aligeiraram e simplificaram. Inventaram outros, como a balestilha, para obter no mar a altura do sol e outros astros, como o Cruzeiro do Sul descoberto após a chegada ao hemisfério Sul por João de Santarém e Pêro Escobar em 1471, que iniciaram a navegação guiada por esta constelação. Mas os resultados variavam conforme longo do ano, o que obrigava a correcções. Para isso os portugueses utilizaram tabelas de inclinação do Sol, as Tábuas astronómicas, preciosos instrumentos de navegação em alto-mar, que conheceram uma notável difusão no século XV. Quando se introduziram na náutica as observações astronómicas que a revolucionaram, em particular a observação de altura meridiana do Sol para com o conhecimento da declinação solar, se poder calcular a latitude do lugar, recorreu-se às tábuas Almanach Perpetuum, do astrónomo Abraão Zacuto, publicadas em Leiria em 1496, que foram utilizadas, juntamente com o seu astrolábio melhorado, por Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral.

LISBOA ANTIGA - Bairro do Arco do Cego, Praça de Londres, Avenida de Roma e Alvalade

Foto: Alberto Abreu Nunes [c. 1953] | Arquivo Municipal de Lisboa

Uma fotografia panorâmica que abrande uma área ampla da cidade, do Arco do Cego a Alvalade.

03 março 2021

LISBOA ANTIGA - Avenida do Brasil

A avenida do Brasil fez parte do “Plano de Urbanização da Zona a Sul da Avenida Alferes Malheiro”.

 


Foto: Mário de Oliveira [post. 1953] | Arquivo Municipal de Lisboa