"Disse-te adeus e morri"
Número total de visualizações de páginas
28 outubro 2017
25 outubro 2017
21 outubro 2017
Alfredo Marceneiro - "O bêbado pintor" - Audio - Musica
Encostado sem brio ao balcão da taberna
Perguntando a sorrir, qual era o seu oficio,
De nauseabunda cor e tábua carcomida
O bêbado pintor a lápis desenhou
O retrato fiel duma mulher perdida
Era noite invernosa e o vento desabrido
Num louco galopar ferozmente rugia,
Vergastando os pinhais, pelos campos corria,
Como um triste grilheta ao degredo fugido.
Num antro pestilento, infame e corrompido,
Imagem de bordel, cenário de caverna,
Vendia-se veneno à luz duma lanterna
À turba que se mata, ingerindo aguardente,
Estava um jovem pintor, atrofiando a mente,
Encostado sem brio ao balcão da taberna.
Perguntando a sorrir, qual era o seu oficio,
Rameiras das banais, num doido desafio,
Exploravam do artista a sua parca féria,
E ele na embriaguez do vinho e da miséria,
Cedia às tentações daquele mulherio.
Nem mesmo a própria luz nem mesmo o próprio frio,
Daquele vazadouro onde se queima a vida,
Faziam incutir à corja pervertida,
Um sentimento bom damor e compaixão,
Plo ébrio que encostava a fronte ao vil balcão,
De nauseabunda cor e tábua carcomida.
Retocou o perfil e por baixo escreveu, Numa legível letra o seu modesto nome, Que um ébrio esfarrapado, com o rosto cheio de fome, Com voz rascante e rouca à desgraçada leu, Esta, louca de dor, para o jovem correu, E beijando-lhe o rosto, abraço-o de seguida... Era a mãe do pintor, e a turba comovida, Pasma ante aquele quadro, original, estranho, Enquanto o pobre artista amarfanha o desenho: O retrato fiel duma mulher perdida.
"O bêbado pintor"
Impudica mulher, perante o vil bulício De copos tilintando e de boçais gracejos, Agarrou-se ao rapaz, cobrindo-o de beijos, Ele a cambalear, fazendo um sacrifício, Lhe diz a profissão em que se iniciou, Ela escutando tal, pedindo-lhe alcançou Que então lhe desenhasse o rosto provocante, E num sujo papel, o rosto da bacante O bêbado pintor com um lápis desenhou. Retocou o perfil e por baixo escreveu, Numa legível letra o seu modesto nome, Que um ébrio esfarrapado, com o rosto cheio de fome, Com voz rascante e rouca à desgraçada leu, Esta, louca de dor, para o jovem correu, E beijando-lhe o rosto, abraço-o de seguida... Era a mãe do pintor, e a turba comovida, Pasma ante aquele quadro, original, estranho, Enquanto o pobre artista amarfanha o desenho: O retrato fiel duma mulher perdida.
17 outubro 2017
11 outubro 2017
04 outubro 2017
02 outubro 2017
Estatisticas - Os Paises que mais seguiram este blogue desde o seu inicio
ESTADOS UNIDOS - 8.258 Vizualizações
FRANCE - 7.105 Vizualizações
PORTUGAL - 1.521 Vizualizações
ALEMANHA - 911 Vizualizações
CANADA - 703 - Vizualizações
RUSSIA - 619 Vizualizações
ANDORRA - 529 Vizualizações
BRASIL - 416 Vizualizações
BELGICA - 156 Vizualizações
IRLANDA - 143 Vizualizações
FRANCE - 7.105 Vizualizações
PORTUGAL - 1.521 Vizualizações
ALEMANHA - 911 Vizualizações
CANADA - 703 - Vizualizações
RUSSIA - 619 Vizualizações
ANDORRA - 529 Vizualizações
BRASIL - 416 Vizualizações
BELGICA - 156 Vizualizações
IRLANDA - 143 Vizualizações
Subscrever:
Mensagens (Atom)