A 24 de maio de 1898, nasce, em Ossela, Oliveira de Azeméis, o escritor português José Maria Ferreira de Castro.
Oriundo de uma família de camponeses pobres, fica órfão de pai aos 8 anos.
Com apenas 12 anos, embarca, em 1911, no vapor Jerôme com destino a Belém do Pará, no Brasil, a fim de ali trabalhar para enviar dinheiro para o sustento da mãe e dos seus irmãos mais novos.
Vive quatro anos no seringal Paraíso, na Floresta da Amazónia, junto à margem do rio Madeira. Quando resolve abandonar este local, passa por muitas dificuldades, tendo de aceitar tarefas humildes para sobreviver. O seu primeiro romance, Criminoso por ambição, publicado em 1916, foi escrito nessa época.
Quando mais tarde regressa a Portugal, arranja um emprego como redator do jornal O Século, ascendendo, posteriormente, a diretor do jornal O Diabo. Foi colaborador das revistas O Domingo Ilustrado, Renovação e Ilustração.
Em 1928, publica Emigrantes e, dois anos mais tarde, A Selva, livro que recebe elogiosas críticas por parte do jornal The New York Times.
O falecimento da esposa cria-lhe um desgosto tão profundo que chega a tentar o suicídio. Parte para a Madeira, a fim de mudar de ambiente. Aí escreve, em 1933, o romance Eternidade, cujo tema é a obsessão pela morte.
Foi proposto, em 1951, para a atribuição do Nobel da Literatura.
Em 1967, doa a casa de Ossela onde havia nascido à autarquia de Oliveira de Azeméis, para ali ser instalada a Casa-Museu Ferreira de Castro.
A Biblioteca de Ossela foi construída em 1970, sob a orientação do próprio escritor Ferreira de Castro.
Sintra, local onde, a seu pedido, foi sepultado, possui uma casa-museu a ele dedicada.
Em Manaus, capital do Estado do Amazonas, foi inaugurada na praça Heliodoro Balbi (da Polícia), no dia 6 de setembro de 1986, pelo então governador Gilberto Mestrinho, um monumento dedicado a Ferreira de Castro, que tão bem soube imortalizar na sua obra A Selva esta região brasileira.
Oleme