Napoleão Bonaparte tinha entregado ao Marechal André Massena a missão de ocupar Portugal e expulsar as forças britânicas que, na Península Ibérica, ajudavam a combater as forças francesas.
Comandando um exército de 100 000 homens, Massena atravessa os Pirenéus, chegando a 28 de maio de 1810 a Salamanca. A 30 do mesmo mês, cerca Ciudad Rodrigo que capitula a 10 de julho. Tinha, assim, o caminho aberto para entrar em Portugal. Captura Almeida e avança em direção a Coimbra.
As forças anglo-portuguesas, comandadas por Arthur Wellesley, futuro duque de Wellington, posicionam-se na Serra do Buçaco, a fim de retardar o avanço dos militares franceses. Esta serra, com ravinas e encostas de difícil acesso, é o lugar ideal para enfrentar o exército invasor.
Wellington coloca a artilharia nas zonas consideradas mais prováveis de serem atacadas, escondendo da vista dos franceses a maior parte das suas forças.
Massena comete o erro de não enviar batedores para analisar o número de militares que defendem as posições anglo-portuguesas, julgando tratar-se de uma força muito inferior ao que era na realidade.
Às 5:45 do dia 27 de setembro de 1810, os exércitos de Massena atacam, de ânimo leve, as posições anglo-portuguesas, sendo surpreendidos pelo aparecimento dos soldados que se encontravam escondidos.
As investidas francesas prolongam-se por várias horas, sendo sempre repelidas. Milhares de homens do exército de Massena ficam jazendo nas encostas da serra do Buçaco.
Por volta das 16 horas, Massena manda parar o ataque, para não sofrer mais baixas. Por seu lado, Wellington entende que contra-atacar no vale não seria estrategicamente aconselhável.
Os franceses sofrem, ao todo, 4 486 baixas, incluindo cinco generais.
Entre mortos e feridos, as forças luso-inglesas perdem 1 252 homens no decorrer desta batalha considerada um modelo defensivo.
Oleme