Número total de visualizações de páginas

16 junho 2022

HEROIS LUSOS - Infante D. Henrique

 Infante D. Henrique


Infante D. Henrique nasceu numa quarta-feira de cinzas, dia então considerado pouco propício ao nascimento de uma criança. Era o quinto filho de João I de Portugal, fundador da Dinastia de Avis, e de Dona Filipa de Lencastre.

Foi baptizado alguns dias depois do seu nascimento, tendo sido o seu padrinho o bispo de Viseu. Os seus pais deram-lhe o nome Henrique possivelmente em honra do seu tio materno, o duque Henrique de Lencastre (futuro Henrique IV de Inglaterra).

Pouco se sabe sobre a vida do infante até aos seus catorze anos. Tanto ele como os seus irmãos (a chamada Ínclita geração) tiveram como aio um cavaleiro da Ordem de Avis.

Em 1414, convenceu seu pai a montar a campanha para a conquista de Ceuta, na costa norte-africana junto ao estreito de Gibraltar. A cidade foi conquistada em Agosto de 1415, assegurando ao reino de Portugal o controlo das rotas marítimas de comércio entre o Atlântico e o Levante. Na ocasião foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Senhor da Covilhã e duque de Viseu.

A 18 de Fevereiro de 1416, foi encarregado do governo de Ceuta. Cabia-lhe organizar, no reino, a manutenção daquela praça-forte em Marrocos.

Em 1418, regressou a Ceuta na companhia de D. João, seu irmão mais novo. Os infantes comandavam uma expedição de socorro à cidade, que sofreu nesse ano o primeiro grande cerco, imposto conjuntamente pelas forças dos réis de Fez e de Granada. O cerco foi levantado, e D. Henrique tentou de imediato atacar Gibraltar, mas o mau tempo impediu-o de desembarcar: manifestava-se assim uma vez mais a temeridade e fervor anti-muçulmano do Infante.

Ao regressar a Ceuta recebeu ordens de seu pai para não prosseguir tal empreendimento, pelo que retornou para o reino nos primeiros meses de 1419. Aprestou por esta época uma armada de corso, que actuava no estreito de Gibraltar a partir de Ceuta. Dispunha assim de mais uma fonte de rendimentos e, desse modo, muitos dos seus homens habituaram-se à vida no mar. Mais tarde, alguns deles seriam utilizados nas viagens dos Descobrimentos.

VortexMag

15 junho 2022

CULTURA PORTUGUESA - Azulejos

Museu Nacional do Azulejo

Museu Nacional do Azulejo

O desenvolvimento do azulejo foi estimulado em finais do séc. XV, inícios do séc. XVI, quando a arte portuguesa se viu influenciada pela decoração ornamental muçulmana. Encomendava-se então azulejos às cerâmicas mouriscas de Sevilha, que eram usados nas mais diversas superfícies.

Na segunda metade do século XVI, chegaram ao nosso país azulejos vindos também de oficinas flamengas, para além das oficinas espanholas, e por influência destes centros, aprendemos o método de fabrico e pintura de faianças.

Do Oriente, foi chegando o sentido de brilho, a exuberância e os motivos ornamentais, e da China veio o azul da porcelana, que veio tirar aos azulejos o seu caráter repetitivo e os encheu de dinamismo e movimento. Com o tempo, fomos refinando esta arte, que é hoje um dos nossos símbolos nacionais.

VortexMag

ALGUNS HEROIS LUSOS - D. Afonso Henriques

 D. Afonso Henriques

Ainda que no principio do seu reinado, D. Afonso Henriques fosse obrigado a submeter-se a seu primo Alfonso VII, começou a usar o título de rei, depois da sua vitória sobre os Muçulmanos em Ourique ( 25 de Julho de 1139 ).

Em 1143 o seu primo aceitou a sua autonomia, mas o título de rei só foi formalmente concedido em 1179, quando Afonso Henriques colocou Portugal sob a protecção directa da Santa Sé ( no pontificado de Alexandre III), prometendo um tributo anual. Ao mesmo tempo, foi reconhecido o título de rei a D. Afonso Henriques, reafirmando-se os seus laços de vassalagem em relação a Leão, porque Afonso VII considerava-se Imperador e portanto podia ter reis como vassalos.

Conquistou Santarém (Março de 1147) e Lisboa (Outubro de 1147), esta com a ajuda de cruzados Ingleses, Franceses, Alemães e Flamengos que iam para a Palestina. Tomaria ainda Almada e Palmela, que se entregaram sem luta, conquistando posteriormente, em 1159, Évora e Beja, que perderia pouco depois a favor dos mouros. A reconquista de Beja foi de novo possível em 1162, reocupando-se também Évora, com a ajuda de Geraldo Sem-Pavor, em 1165.

VortexMag

13 junho 2022

CULTURA PORTUGUESA - Doçaria Conventual

 melhores doces típicos de Portugal

pastéis de Belém

Não há dúvida que um dos doces típicos portugueses mais famoso é o pastel de Belém (ou o pastel de nata, sua imitação). Mas somos um país com uma grande variedade de doces, podendo-se dizer que praticamente qualquer vila ou cidade tem o seu próprio doce típico. Basta pensar em coisas como o pastel de Tentúgal, o pastel de Vouzela, as queijadas e travesseiros de Sintra, as clarinhas de Esposende, no pão de ló de Ovar ou nos ovos moles de Aveiro.

Uma grande parte desta variedade de doces deve-se aos antigos conventos de freiras, que tinham os ingredientes, tempo e criatividade para criar diferentes receitas. Tinham também uma grande quantidade de gemas de ovo (as claras eram usadas para tratar da roupa), e por isso precisavam de dar um uso a esse ingrediente, o que levou à criação de vários doces diferentes.
VortexMag

11 junho 2022

FOTOGRAFIA - Vitor Alves - Peneireiro-cinzento


Quase todos os dias o autor leva consigo a máquina na esperança de ser surpreendido. Certo dia, deparou com um peneireiro-cinzento sobre a vinha, certamente interessado num roedor. Apesar dos cuidados, a ave pressentiu a sua presença. 

Vítor Alves

CULTURA PORTUGUESA - Gastronomia

Bacalhau à Transmontana

A nossa gastronomia é rica em variada, existindo diversos pratos típicos em cada região do país, nos quais se incorporam os ingredientes típicos de cada zona. Em termos gastronómicos, estamos divididos entre a zona do Mediterrâneo e a zona do Atlântico, e a nossa cozinha tem influências não só mediterrâneas como orientais (devido às especiarias trazidas na época dos descobrimentos) e marítimas (pela nossa larga costa).

Curiosamente, um dos produtos gastronómicos portugueses mais famoso é o bacalhau, peixe que nem se encontra nas nossas costas e que é capturado a mais de 4 mil quilómetros do nosso país. Resumindo, a nossa gastronomia é rica em peixe (especialmente no litoral), mas também em carnes de grande qualidade, legumes e grãos de vários tipos.