A 16 de agosto de 1900, morre, em Paris, o escritor português José Maria Eça de Queirós [ou Queiroz, conforme a grafia vigente na sua época].
Havia nascido na Póvoa do Varzim, a 25 de novembro de 1845.
O seu pai, o magistrado José Maria Teixeira de Queiroz, era natural do Rio de Janeiro, tendo-se formado em Direito na Universidade de Coimbra.
Tal como seu pai, frequenta o curso de Direito da Universidade de Coimbra. Quando já era finalista, inicia a sua carreira nas letras, com folhetins dominicais na Gazeta de Portugal.
Após ter terminado o curso de Direito, passa a viver em Lisboa, onde exerce as profissões de advogado e jornalista.
De 23 de outubro de 1869 a 3 de janeiro de 1870, faz uma viagem ao Oriente, tendo visitado a Palestina e assistido, no Egito, à inauguração do canal do Suez.
É nomeado administrador do concelho de Leiria, em 1870.
Participa, em 1871, nas chamadas Conferências do Casino.
Em 1873, ingressa na carreira diplomática, tendo desempenhado funções de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris.
Obra Literária
De 1875 a 1887, entra na fase realista, com uma forte crítica social. Neste período, cria o romance de costumes, com análise objetiva e, por vezes, até cruel da sociedade, tendo por sustentáculo a ironia. O Crime do Padre Amaro, O primo Basílio, O Mandarim, A Relíquia, Uma Campanha Alegre e Os Maias pertencem a este período, sendo esta última obra considerada o expoente máximo do realismo português.
Oleme