A 15 de julho de 2003, morre, em Lisboa, o fadista Fernando da Silva Maurício.
Havia nascido a 21 de novembro de 1933, na Rua do Capelão, no coração do bairro lisboeta da Mouraria.
Era detentor de uma voz inconfundível que marcou toda uma época.
Com apenas oito anos, já cantava “O Chico da Severa” numa taberna da rua onde morava.
Em 1947, com apenas 13 anos de idade, obtém o terceiro lugar no concurso de Fados “João Maria dos Anjos”, realizado no Café Latino, iniciando, a partir dessa data, a sua carreira como profissional.
Em 29 de Junho desse mesmo ano, participa na Marcha Infantil da Mouraria, desempenhando o papel de Vimioso, sendo acompanhado por Clotilde Monteiro fazendo de Severa.
Contratado pelo empresário José Miguel, passa a atuar, aos fins-de-semana, em emblemáticas casas por este exploradas, como o Café Latino (já atrás citado), o Retiro dos Marialvas e o Vera Cruz, entre outras.
Nos anos 50, as suas presenças no Café Luso, na Adega Machado e n’O Faia são constantes.
Nas décadas imediatas, atuou praticamente em todas as mais consagradas casas de Fado, como a Nau Catrineta, a Taverna d’El Rey e a Adega Mesquita.
Participou, com muito sucesso, em programas na Emissora Nacional e na RTP, sendo presença constante em espetáculos não só em Portugal como igualmente no estrangeiro, tendo-se deslocado à Holanda, Luxemburgo, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá.
Apesar de já não estar entre nós, a sua imensa discografia continua a encantar sucessivas gerações.
Oleme
