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20 março 2021

LISBOA CAFéS - Martinho da Arcada - 1782

É já há 238 (!) anos que o Martinho da Arcada dá vida e aroma a café à Praça do Comércio. Fundado a 7 de janeiro de 1782, foi uma inovação para a época, numa cidade dominada por tabernas, e teve muitos nomes até se ter fixado na nomenclatura “Martinho da Arcada”, em 1845.

É café e restaurante e, ao longo de mais de dois séculos, foi porto de abrigo de governantes, políticos, militares, artistas e escritores. Porém, o mais ilustre cliente assíduo foi Fernando Pessoa, que aqui escreveu alguns poemas.

@flickr.com/photos/stijnnieuwendijk

16 março 2021

MUSICA - Amalia Rodrigues - Lisboa antiga

"Lisboa antiga"

LISBOA HISTORICA - Cais das Colunas: a história por detrás do nome

 

O Cais das Colunas, localizado em frente ao Tejo e junto à Praça do Comércio, é um dos nossos locais preferidos não só para ver os espetaculares pores do sol de Lisboa como também para meditar, ouvir música de artistas de rua e, claro, namorar.

Também sabemos que é um dos seus sítios preferidos para, por exemplo, tirar fotografias espetaculares a qualquer hora do dia. Afinal, qualquer foto que tenha o rio Tejo como fundo é sucesso garantido, não acha?

No Cais das Colunas também é muito habitual concentrarem-se alguns artistas de rua, que normalmente animam com música todos os que por ali passam.

A cereja em cima do bolo é quando os céus de Lisboa ficam com aquelas cores e, ao fundo se consegue avistar todos os pormenores da ponte 25 de abril. É o momento perfeito!


Mas de onde vem o nome Cais das Colunas?

O nome Cais das Colunas surge, como é óbvio, das duas colunas instaladas nos degraus de mármore deste velho cais de Lisboa, que outrora foi a entrada mais nobre da cidade e onde desembarcavam as maiores figuras que visitavam a capital, como chefes de Estado ou até altas patentes monárquicas, como a Rainha Isabel II de Inglaterra.


BY VALTER LEANDRO • MARÇO 12, 2021

LISBOA ANTIGA - Belém

Na década de 30, a zona de Belém era ainda pouco desenvolvida e o destaque central pertencia, sem dúvida, à Torre de Belém. A sua vizinha da altura era a Fábrica de Gás de Belém, propriedade da empresa “Gaz de Lisboa” e que aqui funcionava desde 1889. Foi desativada em 1949 e acabou de ser demolida em 1950.

Foto: Kurt Pinto [1938] | Arquivo Municipal de Lisboa

14 março 2021

LISBOA ANTIGA - Algés

Bairro de Algés na década de 50; à esquerda, a Praça de Touros de Algés, que funcionou entre 1895 e 1974 

Foto: Mário de Oliveira [195-] | Arquivo Municipal de Lisboa

13 março 2021

DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES - 2 - Antecedentes

Com a Reconquista concluída, Dinis I de Portugal interessou-se pelo comércio externo, organizando a exportação para países europeus. Em 1293 instituiu a chamada Bolsa dos Mercadores, um fundo de seguro marítimo para os comerciantes portugueses que viviam no Condado da Flandres, que pagavam determinadas quantias em função da tonelagem, que revertiam em seu benefício se necessário. Vinho e frutos secos do Algarve eram vendidos na Flandres e na Inglaterra, sal das regiões de Lisboa, Setúbal e Aveiro eram exportações rentáveis para o Norte da Europa, além de couro e Kermes, um corante escarlate. Os portugueses importavam armaduras e armas, roupas finas e diversos produtos fabricados da Flandres e da Itália[2].

Carta Régia do Rei D. Dinis, datada de 1 de Fevereiro de 1317, nomeando o genovês Manuel Pessanha como primeiro Almirante do Reino

Em 1317 D. Dinis fez um acordo com o navegador e mercador genovês Manuel Pessanha (Emanuele Pessagno), nomeando-o primeiro almirante da frota real com privilégios comerciais com seu país, em troca de vinte navios e suas tripulações, com o objetivo de defender as costas do país contra ataques de pirataria (muçulmana), lançando as bases da Marinha Portuguesa e para o estabelecimento de uma comunidade mercante genovesa em Portugal[3]. Obrigados a reduzir suas atividades no Mar Negro, os mercadores da República de Génova tinham-se voltado para o comércio norte Africano de trigoazeite (também fonte de energia) e ouro - navegando até aos portos de Bruges (Flandres) e Inglaterra. Genoveses e florentinos estabeleceram-se então em Portugal, que lucrou com a iniciativa e experiência financeira destes rivais da República de Veneza.

Na segunda metade do século XIV, surtos de peste bubónica levaram a um grave despovoamento: a economia era extremamente localizada em poucas cidades e a migração do campo levou ao abandono da agricultura e ao aumento do desemprego nas povoações. Só o mar oferecia alternativas, com a maioria da população fixada nas zonas costeiras de pesca e comércio.[4]

Entre 1325 e 1357 D. Afonso IV de Portugal concedeu o financiamento público para levantar uma frota comercial e ordenou as primeiras explorações marítimas, com apoio de genoveses, sob o comando de Manuel Pessanha. Em 1341 as ilhas Canárias, já conhecidas dos genoveses, foram oficialmente descobertas sob o patrocínio do rei Português[5]. A sua exploração foi concedida em 1338 a mercadores estrangeiros, mas em 1344 Castela disputou-as, concedendo-as ao castelhano D. Luís de la Cerda. No ano seguinte, Afonso IV enviou uma carta ao Papa Clemente VI referindo-se às viagens dos portugueses às Canárias e protestando contra essa concessão. Nas reivindicações de posse, sucessivamente renovadas pelos dois povos, prevaleceu, no final, a vontade do rei de Castela sobre estas ilhas.

Em 1353 foi assinado um tratado comercial com a Inglaterra para que os pescadores portugueses pudessem pescar nas costas inglesas, abrindo assim caminho para o futuro Tratado de Windsor em 1386. Em 1380 foi criada a Companhia das Naus, uma bolsa de seguros marítimos e, em 1387 há notícia do estabelecimento de mercadores do Algarve em Bruges. Em 1395, D. João I emitiu uma lei para regular o comércio dos mercadores estrangeiros.

Há unanimidade dos historiadores em considerar a conquista de Ceuta como o início da expansão portuguesa, tipicamente referida como os Descobrimentos. Foi uma praça conquistada com relativa facilidade, por uma expedição organizada por D. João I, em 1415. A aventura ultramarina ganharia grande impulso através da acção do Infante D. Henrique, reconhecido internacionalmente como o seu grande impulsionador, e continuada pelo seu sobrinho e protegido Infante D. Fernando, duque de Beja e Viseu.

LISBOA ANTIGA - Matadouro | Olivais

Foto: Abreu Nunes [195-] | Arquivo Municipal de Lisboa

O antigo Matadouro Frigorífico de Lisboa situava-se na zona dos Olivais e foi inaugurado em 1954. Era um edifício imponente e o maior da zona Oriental, e, na época, servia de armazém de carne refrigerada/congelada para os 600.000 habitantes da cidade de Lisboa. Esteve em funcionamento até às obras de requalificação desta zona ribeirinha, no âmbito da Expo 98.

DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES - Preâmbulo - 1 -

 

Planisfério de Cantino (1502), a mais antiga carta náutica portuguesa conhecida, mostrando o resultado das viagens de Vasco da Gama à ÍndiaColombo à América CentralGaspar Corte Real à Terra Nova e Pedro Álvares Cabral ao Brasil, com meridiano de Tordesilhas assinalado. Biblioteca estense universitária de Módena

Os descobrimentos portugueses foram o conjunto de conquistas realizadas pelos portugueses em viagens e explorações marítimas entre 1415 e 1543 que começaram com a conquista de Ceuta em África. Os descobrimentos resultaram na expansão portuguesa e deram um contributo essencial para delinear o mapa do mundo, impulsionados pela Reconquista e pela procura de alternativas às rotas do comércio no Mediterrâneo. Com estas descobertas os portugueses iniciaram a Era dos Descobrimentos europeus que durou do século XV até ao XVII e foram responsáveis por importantes avanços da tecnologia e ciência náuticacartografia e astronomia, desenvolvendo os primeiros navios capazes de navegar em segurança em mar aberto no Atlântico. Deve-se, todavia, referir que a construção naval chinesa produzia no século XV navios com 120 m de comprimento, tais como os da frota do almirante Zheng He e das suas 7 expedições no Oceano Índico no intervalo de 1402 a 1435.

Embora com antecedentes no reinado de D. Dinis (1279) e nas expedições às Ilhas Canárias do tempo de D. Afonso IV, é a partir da conquista de Ceuta em 1415, que Portugal inicia o projecto nacional de navegações oceânicas sistemáticas[1] que ficou conhecido como "descobrimentos portugueses".

Terminada a Reconquista, o espírito de conquista e Cristianização dos povos muçulmanos subsistia. Os portugueses dirigiram-se então para o Norte de África, de onde tinham vindo os mouros que se haviam estabelecido na Península Ibérica. Avançando progressivamente pelo Atlântico ao longo das costas do continente africano, passaram o Cabo da Boa Esperança e entraram no Oceano Índico movidos pela procura de rotas alternativas ao comércio Mediterrânico. Chegaram à Índia em 1498, simultaneamente exploraram o Atlântico Sul e aportaram nas costas do Brasil em 1500, navegando no extremo da Ásia chegaram à China em 1513 e ao Japão em 1543.

As expedições prolongaram-se por vários reinados, desde o tempo das explorações na costa africana e americana impulsionadas pelo regente D. Pedro, duque de Coimbra e o Infante D. Henrique, filhos de D. João I, e mais o seu sobrinho o Infante D. Fernando, duque de Viseu, até ao projeto da descoberta de um caminho marítimo para a Índia no reinado de D. João II, culminando com o de D. Manuel I à altura em que o império ultramarino português fica consolidado.

12 março 2021

TEXTOS - Pensamento ao fim do dia



Adormeci ja com um raio de sol da madrugada e não senti esse momento tão lindo que nos oferece o dia nascendo, ignorando as tristezas que a madrugada por vezes apela ao sentimento. Atonito, infeliz, sofrendo a tristeza que outros no mundo carregam mais que eu...

E depois, muito mais tarde, não sei se era ou não dia ; - pela janela do meu quarto via grande clarididade - ... Não, não era a imagem luminosa da « nossa senhora » ; eu continuo a não ser pastor, e nem sequer me aproximo daquele lugar de vigaristas a que chamam « Fatima » !

Que era, então ? Era quase meia-noite e o meu espirito, fluctuando entre noite e dia, atraiço-ou-me, revoltou-se e o « Alter Ego » com voz estrondosa disparou : Rapaiz não és decerto a pessoa mais infeliz neste mundo desajustado ; Ha tanta gente infeliz ; ha tão poucos seres que vivem bem sem se preocuparem da infelicidade da maior parte do bem estar dos seus irmãos...

A « igreja » diz que somos todos filhos daquela coisa a que chamam « deus ». Então apetece-me perguntar como possivel que uma criatura apelidada de omnisciente, omnipotente aceite sem rosnar todas as injustiças que sabemos.

Quanto a mim, prefiro pensar que alguma entidade foi o Arquitecto do nosso Universo. « deus », tal é descrito nos « Livros » é um ser à imagem dos seres. Por isso os critica, julga, castiga, recompensa... Mas que é isso ? Se « deus » assim fosse tão poderoso que necessidade teria de julgar e castigar... Sim, porque recompensar não se vê mesmo nada. E sabe porque é que « deus » não recompensa ? Simplesmente porque não existe.

12-03-2021

JoanMira

LISBOA ANTIGA - Avenida de Ceuta

Foto: Judah Benoliel [1953] | Arquivo Municipal de Lisboa

Obras de abertura da Avenida de Ceuta com o Aqueduto das Águas Livres como pano de fundo