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12 maio 2024

MUSICA BRASIL - Roberto Carlos - Amor sem limite

"Amor sem limite"

EFEMERIDES - Aconteceu a 12 de maio de 1936

A 12 de maio de 1936 nasce, em Águeda, o poeta e ficcionista português Manuel Alegre de Melo Duarte, mais conhecido apenas por Manuel Alegre.

Manuel Alegre é oriundo de uma família politicamente liberal com ascendência na alta nobreza nacional: a sua avó paterna era a 1.ª Baronesa da Recosta, filha do 1.º Barão de Cadoro e de sua primeira mulher que era, por sua vez, filha de Francisco Soares de Freitas, 1.º Visconde do Barreiro, liberal que se notabilizou na luta contra D. Miguel I e foi o fundador dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo. O seu bisavô, o jornalista Carlos de Faria e Melo, foi Governador Civil do Distrito de Aveiro. O avô materno, Manuel Ribeiro Alegre, republicano e carbonário, foi Deputado Constituinte em 1911 e Governador Civil do Distrito de Santarém.

O seu romance Alma, embora nos apresente como narrador um miúdo que descreve a sua infância e juventude numa ambiência ficcional, acaba por retratar, em larga medida, vivências do próprio autor. Vejamos, de facto, como Manuel Alegre passou estes dois períodos da sua vida, atendendo apenas a fatores objetivos:

Fez a Instrução Primária em Águeda e o primeiro ano do Liceu em Lisboa, no Passos Manuel. Depois de ter passado pelos colégios Almeida Garrett, no Porto, e Castilho, em São João da Madeira, concluiu o ensino secundário no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, cidade onde fundou, com José Augusto Seabra, o jornal Prelúdio.

Entrou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 19
56.

No ano seguinte, tornou-se militante do Partido Comunista Português, onde permaneceria durante 11 anos.

Dois anos mais tarde, como membro da Comissão da Academia, apoiou a candidatura de Humberto Delgado à Presidência da República.

Desde muito cedo, incluiu, na sua vida, a participação em atividades culturais: fez parte da fundação do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra e foi ator do Teatro de Estudantes da mesma universidade, tendo atuado, com os seus colegas, em Bruxelas (1958), Cabo Verde (1959) e Bristol (1960).

No ano em que regressou de Bristol, publicou poemas nas revistas Briosa (da qual foi dirigente), Via Latina e Vértice. Nesse mesmo ano, em parceria com Rui Namorado, Fernando Assis Pacheco e José Carlos Vasconcelos, participou na coletânea A Poesia Útil e Poemas Livres.

Inicia, 1961, o cumprimento do serviço militar na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, seguindo, posteriormente, para a Ilha de São Miguel onde, em conjunto com Melo Antunes, traça um plano para desencadear um golpe de Estado que não chegou a levar a cabo em virtude de ter sido mobilizado, em 1962, para Angola, onde acabaria, no ano seguinte, por ser preso pela polícia política (PIDE).

No regresso de Angola, a PIDE fixou a sua residência em Coimbra mas este conseguiu, em 1964, seguir para Paris, onde foi eleito para um cargo diretivo da Frente Patriótica de Libertação Nacional, presidida por Humberto Delgado.

Como representante daquela Organização que se opunha ao governo vigente em Portugal, discursou nas nações Unidasm tendo aí contatado com Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Samora Machel, Amílcar Cabral e outros líderes dos movimentos africanos de libertação.

Partiu, de seguida, para Argel, onde permaneceu dez anos como locutor de A Voz da Liberdade, emissora de rádio que difundiu programas contra o regime vigente em Portugal, apoiando, igualmente, os movimentos de libertação existentes nas então denominadas Províncias Ultramarinas Portuguesas.

Os seus dois primeiros livros, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), foram, entretanto, apreendidos pela censura, passando o seu conteúdo, manuscrito ou dactilografado, a circular de mão em mão.

Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira e outros cantores de intervenção utilizaram poemas seus para passar mensagens políticas.

Em 1968, após se ter afastado do Partido Comunista Português, aderiu à Ação Socialista Portuguesa que, mais tarde, estaria na génese da formação do Partido Socialista.

Regressou a Portugal a 2 de maio de 1974, poucos dias após a revolução levada a cabo pelo Movimento das Forças Armadas, entrando para os quadros da Radiodifusão Portuguesa como diretor dos Serviços Recreativos e Culturais.

No mesmo ano, aderiu ao Partido Socialista, tendo iniciado uma intensa carreira de 34 anos como deputado na Assembleia da República, onde desempenhou elevados cargos.

Em 2006, candidatou-se, como independente, às eleições presidenciais, tendo obtido mais votos que Mário Soares, candidato oficial do Partido Socialista.

Em 2011, recebeu o apoio do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda, do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses e de dirigentes do Movimento de Intervenção e Cidadania para se candidatar novamente à eleições presidenciais.

Apesar de toda a sua atividade política, nunca descurou a sua vertente de escritor, tendo sido agraciado com diversos galardões literários, incluindo o Prémio Camões de 2017.

Oleme

11 maio 2024

MUSICA - Rodrigo Costa Félix - Soneto da fidelidade

"Soneto da fidelidade"

RUAS PITORESCAS DE LISBOA - Rua dos Remédios

 

Indo a caminho da Foz do Tejo, eis que surge a Rua dos Remédios, assim designada desde 1859, em substituição do seu anterior nome (Rua das Portas da Cruz).

A designação é simples e deve-se à edificação de uma ermida de Nossa Senhora dos Remédios, na primeira metade do século XVI.

Pouco atingida pelo terramoto de 1755, conservam-se exemplares de portais manuelinos na Capela dos Remédios ou perto da Calçadinha de Santo Estêvão, assim como painéis de azulejos nas fachadas, com data anterior à do terramoto.

É uma ótima rua para passear, onde há muito espaço de circulação para peões e muitas casas de fado para os amantes desta música e, claro, de bons petiscos.

Ncultura

MUSICA BRASIL - Roberto Carlos - Amor perfeito

"Amor perfeito"

EFEMERIDES - Aconteceu a 11 de maio de 1937

A 11 de maio de 1937, morre, em Paris, Afonso Costa, advogado, professor universitário e proeminente político.

Afonso Costa havia nascido em Seia, a 6 de março de 1871.

Ingressa no Liceu da Guarda em 1883 e, a partir de 1886, frequenta o Colégio de Nossa Senhora da Glória, no Porto.

Em 1888, matricula-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra, tendo concluído com distinção a sua formatura em 1894 e adquirido o grau de licenciado e de doutorado no ano seguinte.

Em 1896, é nomeado docente da Universidade de Coimbra e, em 1900, lente.

Republicano assumido, notabiliza-se, em 1897, no protesto contra o plano do governo progressista de alienar as linhas-férreas do Estado.

Orador exímio, rapidamente se revela um dos mais distintos vultos do Partido Republicano Português.

Durante a monarquia constitucional, desempenha, por quatro vezes (1899, 1906-1907, 1908 e 1910) as funções de deputado republicano.

Com a implantação da República a 5 de Outubro de 1910, Afonso Costa é chamado a desempenhar altas funcões governativas.
Estudo sobre a sua vida parlamentar

No resumo da obra do professor e investigador Paulo Guinote Afonso Costa - O Orador Parlamentar apresentada a 20 de novembro de 2014 na Biblioteca da Assembleia da República pode ler-se:

«Afonso Costa é um dos políticos mais carismáticos e polémicos do século XX em Portugal e, por certo, um dos que mais paixões e ódios despertou de forma duradoura nas primeiras décadas de novecentos.

Antes de Salazar polarizar a vida política nacional, para além da efemeridade de um João Franco ou um Sidónio Pais, ultrapassando os seus principais adversários republicanos como António José de Almeida, Brito Camacho ou mesmo Machado Santos ou João Chagas, Afonso Costa foi a figura nuclear da política nacional, confundindo-se o seu destino com o do próprio regime e a sua acção com a política republicana no seu todo, pelo menos até finais de 1917. Se o seu contributo no combate contra a monarquia foi partilhado com outros protagonistas que muitas vezes o suplantaram perante a opinião pública, a partir de finais de 1910, com a sua entrada para o Governo Provisório com a pasta da Justiça, e apesar dos seus periódicos problemas de saúde, Afonso Costa tornou-se rapidamente sinónimo da República, atraindo as mais diversas críticas, desde os que o consideravam digno de desconfiança por ter contemporizado com diversos políticos monárquicos aos que o achavam um jacobino radical e intolerante.»

Oleme

10 maio 2024

PONTE 25 DE ABRIL - LISBOA - A ida para o trabalho numa cidade que não para

 

MUSICA - Liliana Martins - Toma conta de mim

"Toma conta de mim"

MUSICA BRASIL - Roberto Carlos - Amor antigo

 

"Amor antigo"

EFEMERIDES - Aconteceu a 10 de maio de 1984


A 10 de maio de 1984, ocorre o falecimento do ciclista português Joaquim Agostinho, após dez dias em coma na consequência de uma queda sofrida a 30 de maio na 5.ª etapa da X Volta ao Algarve.

A queda deveu-se a um cão que se atravessou no seu caminho, provocando-lhe uma fratura craniana. Encontrava-se, nesse momento, apenas a 300 metros da meta de Quarteira.

Apesar da queda, subiu de novo para a bicicleta e terminou a etapa mas as dores eram tais que teve se ser levado de ambulância num percurso de 300 quilómetros até Lisboa, numa altura em que as estradas portuguesas eram muito deficitárias e tortuosas.

Se fosse hoje, tudo teria sido diferente: os ciclistas são obrigados a usar capacete e as corridas são acompanhadas de helicópteros e equipas médicas para ocorrer, de imediato, a qualquer acidente.

Joaquim Agostinha havia nascido a 7 de abril de 1923, em Brejenjas, freguesia de Silveira, concelho de Torres Vedras.

É considerado um dos melhores ciclistas dos anos 70 do século passado.

Brilhou na "Volta a Portugal", no "Tour de France" e na "Vuelta" à Espanha.
Principais Palmarés:

Volta a Portugal
• Venceu em 1970, 1971 e 1972
Campeonato de Portugal de Ciclismo em Estrada
• Venceu em 1968, 1969, 1970, 1971, 1972 e 1973
Tour de France:
• 1969: 8.º lugar, ganhou as etapass 5 and 14
• 1970: 14.º lugar
• 1971: 5.º lugar
• 1972: 8.º lugar
• 1973: 8.º lugar, ganhou a etapa 16B
• 1974: 6.º lugar
• 1975: 15.º lugar
• 1977: 13.º lugar
• 1978: 3.º lugar
• 1979: 3.º lugar, ganhou a etapa 17
• 1980: 5.º lugar
• 1981: não terminou
• 1983: 11.º lugar
Vuelta a España
• 1974: 2.º lugar

Oleme