Número total de visualizações de páginas

11 maio 2024

EFEMERIDES - Aconteceu a 11 de maio de 1937

A 11 de maio de 1937, morre, em Paris, Afonso Costa, advogado, professor universitário e proeminente político.

Afonso Costa havia nascido em Seia, a 6 de março de 1871.

Ingressa no Liceu da Guarda em 1883 e, a partir de 1886, frequenta o Colégio de Nossa Senhora da Glória, no Porto.

Em 1888, matricula-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra, tendo concluído com distinção a sua formatura em 1894 e adquirido o grau de licenciado e de doutorado no ano seguinte.

Em 1896, é nomeado docente da Universidade de Coimbra e, em 1900, lente.

Republicano assumido, notabiliza-se, em 1897, no protesto contra o plano do governo progressista de alienar as linhas-férreas do Estado.

Orador exímio, rapidamente se revela um dos mais distintos vultos do Partido Republicano Português.

Durante a monarquia constitucional, desempenha, por quatro vezes (1899, 1906-1907, 1908 e 1910) as funções de deputado republicano.

Com a implantação da República a 5 de Outubro de 1910, Afonso Costa é chamado a desempenhar altas funcões governativas.
Estudo sobre a sua vida parlamentar

No resumo da obra do professor e investigador Paulo Guinote Afonso Costa - O Orador Parlamentar apresentada a 20 de novembro de 2014 na Biblioteca da Assembleia da República pode ler-se:

«Afonso Costa é um dos políticos mais carismáticos e polémicos do século XX em Portugal e, por certo, um dos que mais paixões e ódios despertou de forma duradoura nas primeiras décadas de novecentos.

Antes de Salazar polarizar a vida política nacional, para além da efemeridade de um João Franco ou um Sidónio Pais, ultrapassando os seus principais adversários republicanos como António José de Almeida, Brito Camacho ou mesmo Machado Santos ou João Chagas, Afonso Costa foi a figura nuclear da política nacional, confundindo-se o seu destino com o do próprio regime e a sua acção com a política republicana no seu todo, pelo menos até finais de 1917. Se o seu contributo no combate contra a monarquia foi partilhado com outros protagonistas que muitas vezes o suplantaram perante a opinião pública, a partir de finais de 1910, com a sua entrada para o Governo Provisório com a pasta da Justiça, e apesar dos seus periódicos problemas de saúde, Afonso Costa tornou-se rapidamente sinónimo da República, atraindo as mais diversas críticas, desde os que o consideravam digno de desconfiança por ter contemporizado com diversos políticos monárquicos aos que o achavam um jacobino radical e intolerante.»

Oleme