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11 fevereiro 2021

TEXTO - Malvada insonia

 

Ia eu mesmo apressado ; o relogio tinha ditado a hora de dormir ; e como sou homem regrado, deitei-me como manda a regra : p’ra esquerda, papo no ar, p’ra direita, de barriga, repetindo os movimentos quanto necessário fosse.

Ao cabo de muito tempo, continuava de olhos arregalados… Na Rádio, um locutor improvável e cada vez mais longínquo debitava burrices a um ritmo infernal, sem marcar pausas;

Comecei, então a pensar o porquê de tão semelhante débito…E pus-me a imaginar que os locutores modernos, nada tendo a dizer, aceleram o ritmo para parecerem dinâmicos.

Francês, Português, Inglês, russo, italiano ou alemão, confesso que cada vez menos percebia. Eu, aprendiz-poliglota, imaginava que o sono seria para breve. Mas…

Subitamente, ouvi falar em doenças, ouvi falar em curas, ouvi falar em milagres e…Despertei com alguma vontade de …comer; pus a panela ao lume, deixei aquecer o caldo, cortei a côdea de um pão oriundo do século passado e…Aqui estou à espera !

Raios partam a insónia!

Se “inda” ao menos o Porto ou Sportém tivessem perdido como ganharam Braga e o Benfica… Porca miséria!

Por isso “Cara” estou aqui… Mas parece que o caldo já esta quente; vou comer algo e depois falamos…

27 de Fevereiro de 2016
JoanMira