A 18 de julho de 1697, morre, em Salvador, com 89 anos de idade, o escritor português Padre António Vieira.
Havia nascido em Lisboa, a 6 de Fevereiro de 1608.
Levado por seu pai para o Brasil com apenas dois anos de idade, aí estuda e opta por uma vida de missionário na Companhia de Jesus.
Considerado uma das mais influentes personalidades do século XVII no campo da política e da oratória, destaca-se como missionário no Brasil, defendendo acerrimamente os direitos humanos dos mais desfavorecidos, nomeadamente dos povos indígenas por ele evangelizados.
Pugna pela abolição da escravatura e da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais).
No seu regresso a Lisboa, critica severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição, o que lhe traz sérios problemas.
A sua proximidade com a corte portuguesa e a admiração que o papa de então tinha por Vieira, livram-no de ser julgado pelo Tribunal da Inquisição.
De volta ao Brasil, continua com o seu papel de evangelizador.
Excelente orador, enriqueceu a língua portuguesa com inúmeros textos argumentativos e discursivos, dos quais destacamos o Sermão da Sexagésima e o Sermão de Santo António aos Peixes.
Oleme