A 29 de Junho de 1974, morre, no Porto, o escritor português José Maria Ferreira de Castro.
Havia nascido em Ossela, Oliveira de Azeméis, a 24 de Maio de 1898, no seio de uma família de camponeses pobres.
Aos 8 anos de idade fica órfão de pai.
Com apenas 12 anos, embarca, em 1911, no vapor Jerôme com destino a Belém do Pará, no Brasil, a fim de ali trabalhar para enviar dinheiro para o sustento da mãe e dos seus irmãos mais novos.
Viveu quatro anos no seringal Paraíso, na Floresta da Amazónia, junto à margem do rio Madeira. Quando resolveu abandonar este local, passou por muitas dificuldades, tendo de aceitar tarefas humildes para sobreviver. O seu primeiro romance, Criminoso por ambição, publicado em 1916, foi escrito nessa época.
Quando mais tarde regressou a Portugal, arranjou um emprego como redator do jornal O Século, ascendendo, posteriormente, a diretor do jornal O Diabo. Foi colaborador das revistas O Domingo Ilustrado, Renovação e Ilustração.
Em 1928, publica Emigrantes e, dois anos mais tarde, A Selva, livro que recebe elogiosas críticas por parte do jornal The New York Times, chegando Ferreira de Castro a ser nomeado para a atribuição do prémio Nobel da Literatura.
O falecimento da esposa cria-lhe um desgosto tão profundo que chega a tentar o suicídio. Parte para a Madeira, a fim de mudar de ambiente. Aí escreve, em 1933, o romance Eternidade, cujo tema é a obsessão pela morte.
Em Manaus, capital do Estado do Amazonas, foi inaugurada na praça Heliodoro Balbi (da Polícia), no dia 6 de setembro de 1986, pelo então governador Gilberto Mestrinho, um monumento dedicado a Ferereira de Castro, que tão bem soube imortalizar na sua obra A Selva esta região brasileira.
Sintra, local onde, a seu opedido, foi sepultado, possui uma casa-museu a ele dedicada.
Oleme