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14 junho 2024

EFEMERIDES - Aconteceu a 14 de junho de 1986

A 14 de junho de 1986 morre, em Genebra, vitimado por um cancro de fígado e um enfisema, Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo, escritor, poeta, crítico literário, tradutor e ensaísta argentino, encontando-se sepultado no Cimitiere des Rois daquela cidade suiça.

Borges havia nascido em Buenos Aires, a 24 de agosto de 1899, numa família burguesa instruída.

De acordo com um estudo realizado por António Andrade, Jorge Luis Borges tem ascendência portuguesa: o seu bisavô Francisco teria nascido em Portugal, em 1770, e vivido na localidade de Torre de Moncorvo, antes de emigrar para a Argentina.

Quando tinha sete anos, já ambicionava vir a ser escritor, tendo escrito o seu primeiro conto - La visera fatal - com apenas nove anos de idade.

Em 1914, acompanhando os pais, muda-se para Genebra onde conclui os seus estudos, passando, posteriormente, a viver em Espanha.

Volta a Buenos Aires em 1921, integrando-se na vida cultural da cidade.

Em 1923, publica o seu primeiro livro de poemas: Fervor de Buenos Aires.

Bella Jozef, na sua obra Borges: linguagem e metalinguagem, considera que as suas obras abrangem o «caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura».

O seu livro O Aleph (1949), considerado um dos pontos fulcrais da sua obra, contém histórias onde o autor, manipulando a realidade, nos conduz a contextos incomuns onde sobressaiem fenómenos bizarros.

Na sua obra Ficções (1941), sob o título de O jardim de veredas que se bifurcam e outras dez narrativas com o subtítulo de Artifícios o leitor é confrontado com um narrador inquisitivo que expõe, com elegância e economia de meios, de forma paradoxal e lapidar, as suas conjecturas e perplexidades sobre o universo, retomando motivos recorrentes nos seus poemas e ensaios desde o início de sua carreira: o tempo, a eternidade, o infinito.

No O informe de Brodie, outro dos seus livros de referência, para prazer do leitor, a imaginação é capaz de ampliar os limites do conhecimento e criar o desconcerto.

Oleme